Poemas : 

Sanzala

 

Solta que solta a caixola,
Bate fundo a pandeireita
Rebola a anca redonda
Pezola de sola branca
Esta bamboleando a preta..

Esbanjando o corpo certinho
Regala o olho sedento.
Tilintam guizos, pulseiras,
O engache sobe, ondula,
Salamaleque a um tempo.

Debaixo da bananeira
Onde um cheiro adocicado,
Deixa sabor feiticeiro,
Aquele corpo dolente
Foi de chamas atiçado.

Por fás ou nefas, eu branco
Batendo o pé e a mão,
Provo este jeripiti
Num puro favo de mel
Que me inunda o coração.

Perto da nala, uma noite,
Que eu jamais vou olvidar,
Nesse terreno abrasado
Vi o quadro mais ousado
De candura a radiar


vólena
olta

 
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Volena
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