MIRAGEM EM PROFUSÃO
Reles girolas deixaste meu coração devoluto,
A tantos plácitos que jamais poderia olvidar,
Mas hoje vejo minha veleidade em dissoluto,
Ignoto da verdade, em ninguém devo confiar.
Funeral de tristeza em séqüito de comoção,
Na tumba do pretérito deposito meu penar,
Vascas agonizantes, miragem em profusão,
Origem do mal! Por que minha vida ceifar?!
Recitavas amores em exímia orquestração
Com o escopo atroz em se fazer dissimular;
Advento de uma nova roxura, minha gratidão
Ao Sublime Pai um novo amor encontrar.
Tudo que perdi foi por uma fatal ingratidão,
De uma pífia mulher que nunca pude amar.
AQUARELA DE UM SONHO
Aquarela de mulher excêntrica e vaidosa,
Como é estranho este teu lângüido pensar!
Esta cisma persistente e assaz desastrosa,
No meu caminho, jamais deixarei passar!
Satírica maneira que te faz tão escabrosa,
Vendavais...