Vejo as cores da loucura
Deslizando no aparelho
E contraio um vômito informacional.
São rostos, nomes,
Massas de espermas coloridos
Dançando rumbas
Num universo alucinógeno.
Empurro para o estomago,
Estragado por transgênicos,
O suplemento oriundo de Sodoma,
Produzido com orelhas muçulmanas,
Anunciado em meu canal de compras predileto.
Esfrego meu pau
Buscando um gozo verdadeiro
Enquanto outro novo reality-show inicia
Vendendo-me o novo “melhor de todos os tempos”
Para deleite do corpo amorfo.
Troco os canais,
Troco os sentidos,
Troco os sentimentos,
Troco minha insanidade,
Por outra qualquer,
Em nome do “religiosus-consumus”.
Aperto OFF e começo a existir.
Eu sou a vertente mórbida de um anjo bom. A poesia trágica, o constante inconstante, o sopro gélido de uma noite fria. Creio ortodoxamente no que duvido, abrigo extremos, escrevo poemas em meio a balas de canhão. Odeio o lirismo covarde, as frases sem ...