Se eu andasse toda a vida
De lanterna em minha mão
Não encontrava de certo
Um amor como o que escondo
Dentro do meu coração.
Porque esse ninguém conhece
Que de tão dissimulado.
Às vezes, até eu própria,
Para o chamar à razão
Toco o sino do carinho
Em badaladas que soam
Em seu rogado cantinho.
Com este doce abanão.
Desperta então, pestaneja.
E eu ponho a mão do seu lado
Enlevada em pensamento,
Vendo o seu rosto esfumado.
Julgando, que me está vendo
Assim, te tenho guardado.
E como é bom estar contigo,
Neste amor nunca acabado!
Helena
e