Quis Deus que o Negro fosse Fado
voando em corpos d'andorinhas,
rasgando Ceus de olhos baços
por onde quer que caminhas!
Nos braços densos dos Poetas
quis a Alma que ficasses,
nos corpos frios das guitarras
quis o Povo que cantasses!
Morrer cantando é teu destino
no esvoaçar do Coração,
rasgando os Céus de negro linho
qual pajem-da-Solidão!
Ricardo Louro
no Estoril
Ao Gonçalo Salgueiro ...
Ricardo Maria Louro