Poemas : 

vinte e um do doze de dois mil e doze

 
(I)
Vinte e um do doze de dois mil e doze

***

todo mundo se apavora
todo mundo faz o que der na telha
sem demora.

o vegetariano comemora
fazendo um churrasco sulista
O ateu, arrependido
Vai à igreja confessar
Já o crente, indignado
Põe toda a culpa em Deus
As virgens
Ah, nem digo sobre as virgens
E sobre as perdidas
essas rezam de joelhos
O tímido se diverte
O divertido se intimida
Mamãe não sabe o que fazer
O filho se ajoelha aos pais
Não era assim que devia ser?

O mundo todo se apavora
O caos vem sem demora
Uns passam a noite debaixo da cama
Outros encima, acompanhados de um amor...
E assim no dia vinte e um
DO doze de dois mil e doze

****

(II)

vinte e dois do doze de dois mil e doze

***

O mundo acorda,
Os que fizeram loucuras
nem se lembram
Quem se matou,
morreu,
Quem ficou pra virada
Da meia noite
Se arrependeu

E sabe como é o fim do mundo na verdade?

É assim:
Todo mundo com cara de tacho.


Something

 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 28/11/2012 23:13  Atualizado: 28/11/2012 23:13
 Re: vinte e um do doze de dois mil e doze
Gostei de ler. Já me estou preparando para ficar com cara de tacho. Abraço.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/12/2012 12:47  Atualizado: 01/12/2012 12:47
 Re: vinte e um do doze de dois mil e doze
Bom dia.
Que poema este com visão sobre o que pode uma data que anda aí cheia de mistérios no mundo.
O que para mim, me faz querer, é nada mais do que o pensar, e nada disso irá acontecer.


Frank_Mike