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POEMA DE GUARDANAPO

 
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Gê Muniz

POEMA DE GUARDANAPO

Os princípios da justiça
Os precipícios divinos
A transcendência performática de Cristo
A materialidade midiática do Anticristo
O amor, a paixão, o ardor
Na limitação do cabresto
O terror diletante do escrito ordeiro
E todas as imagens pobres
Das empilecadas poesias
De guardanapo de restaurante
Proferidas túmidas e azedas
De minha boca arrogante
Ora pululam, endoidecidas,
Em expressões posudas, esdrúxulas
Sopradas do biritado fole
Cravado no meu esnobe semblante
E logo após se negam dolentes
Como sempre fora dantes
Iguais delírios pulsando
Nas cáries dos dentes
Num frio sequioso de rompantes

(Gê Muniz)
 
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GeMuniz
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Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 29/11/2012 02:29  Atualizado: 29/11/2012 02:29
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Mensagens: 18598
 Re: POEMA DE GUARDANAPO
O guardanapo sempre foi o chão dos bons pensamentos
falados em tinta voadora de tudo que persiste. bjs Gê
e brigadu!