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(I)
,é na orla que se escondem os corpos,
simples,
e as fuligens que restam, tão longe,
amontoam-se em pântanos,
apavoram-nos
esses interiores escuros, fingidos, frágeis,
finge-se.
,disfarçam-se alguns outros.
(II)
,tem vezes que anseio noite,
como fuga, arrojo exausto
símil à travessia gasta, desgastante o dia,
e quando as palavras, se destecem ponto por ponto,
perdidas como o vinho vomitado, inquieto-me.
, inquieta-me o odor do jasmim que se liberta
além
,além do mar.
,despontam pétalas que se espalham, invadem
as tardes de outono acastanhadas,
aquém-terra,
e já ali, mergulho, por este mar acima,
sem destino, sem pressa,
simples,
singro-me,
ou esqueço-me.
(III)
[a quem importa, se nem a mim?]
"Forfante de incha e de maninconia,
gualdido parafusa testaçudo.
Mas trefo e sengo nos vindima tudo
focinho rechaçando e galasia.
Anadiómena Afrodite? Não:"
("Afrodite? Não" Jorge de Sena)