No ténue sentir da chuva de inverno
danço com a ponta dos dedos
numa harmonia contida
as cinzas voam...soltas livres...
Formam círculos de emoção
no espelho da claridade sem contradição...
Das pontas leves dos cabelos
voam andorinhas com ninho
as penugem efémeras...caem em terra
nos charcos da lama...
O corpo ganha asas
sem penas
na viagem de olhar ao alto...
As linhas da sombra
desenham as feições do olhar
o pó das labaredas
calam o calor da varanda angular
onde o pensamento se concentra
num sentido permitido
na luz de aviso
que ilumina as passagem
onde o coração mora
e fica na demora!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...