Prostituta, vaca, miserável
Assim grita o valente
De punho erguido, bate
Na mulher sofrida
Entre nomes e agressões
O animal descarrega a fúria
Na pele macia da flor
O sangue a jorrar pelo rosto
Entre gritos e súplicas
A besta não para
Alimenta-se de sangue e dor
Batendo cada vez mais e mais
Na mulher indefesa
Inerte no chão
Entre lagrimas e sangue
Morreu mais uma flor
Vítima da besta
Que um dia foi o seu amor.
(Gaspar Oliveira)
Gaspar oliveira