Há muito que me deixei ficar para trás por opção própria. Durante algum tempo fui no embalo do efémero... (qual mariposa atraída pela luz do candeeiro) permiti-me fazer parte de um mundo onde se vendiam sonhos em cadernos de folhas, cujas palavras impressas e no calor do deslumbramento, se acreditava serem chaves mágicas que abririam as portas do paraíso. Tudo ilusão! Depois da festa, apenas as serpentinas no chão e os copos vazios deixados pelos cantos do salão. No ar, a sensação de que tudo se desvanecera ali mesmo e a certeza de que o dia seguinte seria exactamente igual ao anterior.