Querido tempo porque te duvido
Quando em leitos de morte te interrompes
Fingindo não notar o medo dos homens
Que se entreolham como alguns pássaros
Ainda não foi em ti que encontrei a presença assídua
Um colo e uma vigília codificada
Que represente um pai e uma ordem para o mundo
Isento de uma qualquer sobra de ternura
Amam-se os homens e uma folha cai
Rosto perpétuo de uma simbologia
Queda-se a memória num fruto sempre novo
Que desperta o choro do nascimento
Quem te derrotou Ana?
Quais foram as falhas daquela praia
Invocas o orgulho em tua heráldica
Mas escondes tua presença na rua
Já sei que se mudaram coisas em número e grau
Alguns senhores sofrem a mudança economica
Mas ainda há frascos de geleia e mel
Para a viagem do emigrante.
Tempo
Mudança económica
Pessoa
Durban
Mar
Voar
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