Era alto, bem alto o teu promontório
E do alto te puseste a mirar
E atiraste pedras a quem passava
E partiste cabeças
E calaste bocas
E provocaste mágoas loucas
Quebraste com as pedras,
a pontaria e a agilidade
Alguns pedaços
Da geografia da tua amizade
E se com as tuas lágrimas pedes desculpa
Não peças
Que das feridas que carrego
É tua a culpa porque
Quebraste com as pedras,
a pontaria e a agilidade
E quebraste também
a geografia da tua amizade