És forte como a frágil cana
que o pastor corta para fazer sua flauta.
És forte como o duro granito que o artista
com sua divina graça modela a estátua.
És forte como o fio que o tecedor tira do tear
transforma na seda que forra a almofada.
És forte como o barro umedecido que o artesão
sava e transforma no mais fino vaso.
É forte a madeira, que a fio de navalha
e em golpes precisos o artista transforma.
O mais humilde estanho em sua fase incipiente
se enobrece na taça, na qual ele decora.
Quero que em mim se detenha a beleza
de tua alma, que se reflete em teu rosto.
Que tua voz se sirva de minha voz
e revele a ti esta mensagem de carinho.
Rui Garcia