Talvez paixão, porque não?
Avassaladora, que me arrasta impunemente,
Sem vergonha, sem pudor.
És tu, meu amor?
Ah, amada querida,
Como desejo satisfazer no teu corpo,
O que me vai no coração,
Com beijos loucos de paixão.
Um fogo imenso que me devora a lucidez,
Uma fome voraz, que insiste num repasto de carne crua,
Um afogar de volúpia como se fora a primeira vez,
Com corpos numa enérgica luta nua.
Paixão vertida numa cama de linho,
Num quarto solarengo da cidade,
Entre corações em desalinho
E onde não importa a idade.
Entusiasmo de adolescentes com vivências de outrora,
Espasmos de entrega e sussurros com ardor,
Carne viva sem pressa de ir embora,
Numa amálgama de prazer e furor.
Entrega total sem pressa do calor que jorra,
Sem noção do tempo que passa,
Num extase de afecto e de carne que torra,
Calor criado na verdade, sem farsa.
Carne que se mistura com rubor.
És tu, meu amor?
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