Retido pelo claro mistério da passagem.
Claro que a noite é azul,
E a quietude é fiel.
E que meu coração é a terra.
Comovido pelo testemunho da primavera.
Aqui estão : primavera, coração.
Fiel quietude, noite azul.
Intactos na memória,
com a frieza melancólica dos bens perdidos.
Que despertam no presente,
Minha plenitude poética.
Passado que assumiu a existência,
Escutando o lamento dos desvalidos.
Rui Garcia