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Sol a pino
procurado.
Fincado entre gentes
no ponto
onde ônibus passarinhos
circulares
grandes circulares
pelas consoantes
do "plano"
dizem eles,
plano do piloto
desse avião
rasga céu cerrado
desse bloco planejado
na alameda de cristais
do planalto.
Plana alto esse avião
no qual vão ônibus
e gentes.
Eu entre eles,
a espera.
- Aqui passa o Expresso 2222?
Pensou isso pelo Gil
esguelando esbaforido
as profecias do ano-fim
no fio de prata do seu som.
Liga estéreo
e fica etéreo
no avião pleno
da trilha sonora
que escolhe.
A columbina de azul,
finge que lê um livro
enquanto espera,
o ônibus?
o espresso?
Ela olha o livro em olhos rasos
mas vê a mim
e um raio de sol
cingindo a minha testa
enquanto, no plug,
Gil atesta
sobre os filhos do sol.
Eu espero o ônibus.
Aprender a esperar.
A espera é sempre durante
o que é importante...
Estar ali sob o sol
céu
cerrado
tão só
e tão acompanhado.
Acabou o mp3,
não chegou o W3.
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