Sonetos : 

MUITO, MUITO ALÉM DO QUANTO PUDE

 
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Gê Muniz

MUITO, MUITO ALÉM DO QUANTO PUDE

Do sabor da conquista, vem o vazio
Inverno frio que o triunfo embriaga
De rompantes que o fastio estraga
N’um jorro quente de membro no cio

Tu pensas o sucesso, um desvario
Um torvelinho de enxame de praga
Que a avidez engole, tal uma draga
(Soçobra a poeira ardente do estio)

Não é assim, se assim tu pensas!
Iludes-te de festins, recompensas
Mas ao fim resta apenas a erva rude

Porque essa vida tem opções imensas
Esperei-te acordar às minhas expensas
Fui muito, muito além do quanto pude...

(Gê Muniz)
 
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GeMuniz
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/11/2012 21:29  Atualizado: 17/11/2012 21:29
 Re: MUITO, MUITO ALÉM DO QUANTO PUDE
Muito, muito além de excelente! Dos exercícios poéticos, sem dúvida que o soneto é o mais difícil. Especialmente pela sonoridade, que se não houver, fica meio morto. Arrasou, Gê!

Bj.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/11/2012 21:53  Atualizado: 17/11/2012 21:53
 Re: MUITO, MUITO ALÉM DO QUANTO PUDE
Olá, Gê! Provas aqui ser um poeta multifacetado, desenvolvendo o tema com inteligência, e também caprichando na forma. Só resta dar-te parabéns, na esperança de voltar a ler mais sonetos como este. Abraço luso.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/11/2012 23:12  Atualizado: 17/11/2012 23:12
 Re: MUITO, MUITO ALÉM DO QUANTO PUDE
Só posso dizer que ficou show!
de regras nada sei!

adorei ler você!

beijinho.
Isa