Abre-se agora uma porta num horizonte que desconhecíamos e uma luz nova cintila na pedra branca dos muros anunciando outro rumo. Pioneses negros assinalam ainda na solidão dos mapas velhos os locais onde a fé vacilou os campos minados que atravessámos em dias de resignada memória. Mas alguma coisa irá mudar agora que se abre uma fenda no bojo da névoa. Calcinadas caem as asas da escuridão e uma a uma as sombras se desfazem. É o fim. A cegueira termina aqui.
Abre-se agora uma porta num horizonte que não havia e uma claridade desconhecida amanhece com o anúncio do novo dia. É tempo de arrancar as vendas.
* Dedico este poema ao grande poeta José Rui Teixeira, como forma de agradecimento pelo gesto simpático que revelou ao me oferecer o seu livro: “Diáspora”, obra que há algum tempo eu procurava, sem sucesso. O autor, já com vários livros de poesia publicados, pode ser consultado aqui, no seu blog: Equinócio de Outono - (http://equinociodeoutono.blogspot.pt/)
Uma vez mais o meu sincero agradecimento ao poeta.