confabulo à soleira da porta fechada
qual caminho a seguir dentre os tantos abertos
parecendo correto assumir o mais reto
ser melhor do que um torto, me lanço à estrada
caminhando entre matas e feras macabras
dou-me então por vencido e olhando mais perto
pela ausência de traço ou razão que venero
abandono essa reta que finda em nada
à saída da escura floresta, um rio
estampado com brilho solar me convida
e recusa não sendo possível, mergulho
não importa de qual forma nade, marulhos
me carregam por curvas por toda a vida
mas ao fim, desaguando em cidade me rio
e para o martins: na próxima te ofertarei algo com mais substância carnal para tua cabeça explodir em gozo