Na grandeza da descoberta,
Fincaram-se as certezas.
Nos pedidos do corpo,
A mágica repetição do êxtase.
Os olhares ternos frutificaram,
As vozes mansas multiplicaram,
Acima de tudo, se amaram.
Parece que não bastou...
De quantos não sobrevive agora o amor?
Quantas as esperas vazia?
Os sonhos protelados, atalhos perpendiculares,
Argumentos sem sentido, desconfianças infundadas!
Sobraram cenas, pedaços de vida,
Sem mágoas,
Sem desculpas,
Sem protelações.
Só aquela pureza calma...
Onde? Onde se escondeu tudo isso?
Como acertar os rumos,
Os passos descompassados,
Como fazer com que as mágoas,
Sejam levadas nas águas?
O cansaço escurece o olhar,
A muda espera desmorona o sonho,
Vamos seguir esse desfazimento,
Até que nada mais exista, nem nós!