Poemas : 

A tez branca da nudez

 
Contorce-se -nos os corpos em vultos vivos
na manhã que nos espia arregalada de espanto
e em lençóis vadios, acaricia-mo-nos delirantes
no vaivém sedento dos corpos, blasfémicos

As mãos percorrem a tez branca da nudez
em soluços trémulos, deliram insaciáveis
nos corpos orvalhados de rubra avidez

As bocas devoram-se em saborosas iguarias
desejos acre-doces de exímias poesias
em desnudas bússolas de mapas corporais
desbravam livres tesouros ancestrais.

E o tempo dá-nos o tempo de ser tempo
num momento do tempo sem nada mais
os corpos saboreiam o bónus do destino
num caminhar fugaz de simples peregrino

Escrito a 04/11/12
 
Autor
Liliana Jardim
 
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Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 13/11/2012 22:30  Atualizado: 13/11/2012 22:30
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Mensagens: 10200
 Re: A tez branca da nudez
Boa noite Liliana, nosso ego por vezes nos coloca em pedestais imaginários, que a nossa capacidade jamais alcançara, Parabéns pelo seu instigante poema, um grande abraço, MJ.