A minha porta
A minha porta é vermelha! O coração!
E se vezes sem conta, tilinta a campainha.
Abro-a curiosa. Benvindos todos são.
A casa é grande tem espelho na salinha.
E aí reflecte a luz de quem fica ou não.
Mas como este músculo real, é pleno!
Tanto amor, ternura, carinho, doçura.
Ele se enamora, brinca sempre atento.
Oiço-lhe o compasso todo brandura.
E sinto-lhe alegria a todo o momento!
Como se vive bem nesta casa rosadinha.
Limpa, embora como vêem musculada.
Deixe por favor, à entrada, a chinelinha.
No chão fofinho, pode entrar descalça.
Mas com amor que a casa é Dele e minha.
Vólena