Borboleta
Viver a vida! Viver intensamente!
Livre, bela, poisando de flor em flor
As asas palpitando, frementes,
Véu de noiva esvoaçando ao vento
Tocando lábios carentes de amor
Já foi lagarta, simples verdade
Criatura nojenta e lãzuda.
Num véu se envolve, parece dormir!
Transforma-se como magia e acorda!
Fresca, linda de morrer! Tudo muda!
Desengonçada, sacudindo o fardo,
Ensaia uns voos, como dança bem!
Descobre, que está bela, maravilhosa.
Mira-se então numa gota de água
E parte esvoaçando, feliz a mariposa!
Vaidosa e louca, voando inconstante!
É um deleite vê-la transparente, leve,
Vivendo então em louvor à liberdade.
Brincando e aproveitando alegremente,
Esse tempo de vida e loucura tão breve!
Vólena