Luso-Poemas
 
Acrósticos : 

Sem título II

 
No lado oriental
Do meu quintal
Vi um jovem pardal
Que caíra com o temporal.
No lado ocidental
Havia um lago de cristal
Com um brilho tal
Que chegava a ser artificial.
Na parte central
Daquele meu quintal
Havia uma quase imoral
Estátua de desejo sexual.
À volta do olival
Quase intemporal
Um roseiral
Quase nupcial.

Naquele meu quintal
A tarde era matinal,
A luz quase musical,
O ruído quase escultural
E o moral... imoral.

Era tão irreal,
O meu quintal,
Que o trivial
Era mais sensacional
Que o pontual.

Valdevinoxis

A boa convivência não é uma questão de tolerância.


 
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Valdevinoxis
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Enviado por Tópico
Dionísio Dinis
Publicado: 26/11/2006 08:37  Atualizado: 26/11/2006 08:37
Da casa!
Usuário desde: 15/04/2006
Localidade:
Mensagens: 203
 Re: Sem título II
Tão real como irreal o seu quintal, assim seu poema eu li com interesse integral.Gostei, é natural,seu poema tem beleza fundamental.Parabéns!

Enviado por Tópico
JB
Publicado: 27/11/2006 17:12  Atualizado: 27/11/2006 17:12
Membro de honra
Usuário desde: 05/09/2006
Localidade:
Mensagens: 531
 Re: Sem título II
não é colossal,
mas tão pouco normal
que um poema tal
possa ser pessoal
e tão frugal e abismal
tal o seu sal
vital

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