O homem fez do seu Deus uma entidade muito limitada, como se ele fosse Deus só do planeta Terra e dos seus habitantes. E olhando-se do espaço, que seja já da estratosfera, o nosso planeta é um minúsculo ponto no Universo à sua volta.
E podemos dizer que o planeta visto já desta altura se parece, sem nada a dever, a um verdadeiro formigueiro ou cupinzeiro onde seus habitantes ficam se digladiando sem olhar mais para cima.
É um planeta muito pequeno, um dos menores astros ou planeta da nossa galáxia e o homem é muito ridículo ao achar que o Criador de todo este Universo está acompanhando o que acontece na sua vida de forma pessoal, caso a caso.
Quando um jogador marca um gol, quando alguém fecha um negócio, ou se alguém é salvo de um acidente enquanto outros morrem, sempre usa-se as frases: “Foi graças a Deus ou foi Deus quem quis, ou Só por Deus” esquecendo-se que do outro lado teve um perdedor ou um que não teve a mesma sorte.
Não observam que com estes dizeres estão dizendo que Deus foi parcial, no momento que o escolheu para receber a graça, em detrimento de outro.
Nós não devemos ter vergonha e tentar minimizar o nosso sucesso ou a felicidade de ter realizado um sonho, conseguido com esforço, dizendo que foi graças a Deus.
Devemos sempre agradecer a Deus pela graça da vida, mas do que fazemos com ela somos os únicos responsáveis.
Ele só implantou as Leis que a regem e que trazem, a cada um de nós, aquilo de que fomos os semeadores, tanto as alegrias como os sofrimentos.
Como repetiu Martin Luther King em um discurso: “Vamos almejar para que neste país um dia se realize aquilo a muito escrito:
“Que todos os homens são iguais”.
E todos somos iguais, mas na nossa origem, agora o que cada um faz da sua vida nos torna diferentes e merecedores de quinhões diferenciados, quer sejam bons ou não.
Afinal, tudo o que nos acontece é unicamente vindo da reciprocidade das nossas ações e pensamentos, devido à atuação automática destas leis do nosso Criador que criam, automaticamente, a sementeira de tudo que desejamos ou criamos.
Mas muitos poderão dizer: “Mas não é bem assim, de forma tão simples, pois muitos morrem sem que paguem pelos seus crimes”.
Mas a quem considerar que somos finitos e que só temos esta vida comprimida entre o nascimento e a morte, não há nada a dizer, pois neste caso não existiria justiça e nem uma divindade que merecesse algum respeito.
E a quem imaginar que a vida se inicia com o nascimento terreno também tem que ter dúvidas sobre a Justiça e a perfeição divina, devido às tantas diferenças existentes entre os países e entre os seres humanos, tanto sociais, culturais ou economicas, assim como de saúde fisica ou psiquica.
Mas se cremos em Deus não podemos imaginá-lo imperfeito ou injusto.
“A miséria, o desespero e o extermínio são sempre o efeito recíproco, consentâneo com as Leis da Criação, de uma atuação errada, não sendo isso finalmente tão difícil de compreender, bastando que se queira.” Abdruschin em Na Luz da Verdade – dissertação Os Planos Espirituais II – www.graal.org.br
"A felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo" Roselis von Sass - www.graal.org.br