Dor (nas tuas mãos)
Nas tuas mãos inertes e vazias
restam as cinzas da fogueira apagada.
Foram-se as labaredas. São tão frias,
estas horas que esperam madrugadas!
Foram-se também as alegrias,
o repicar da festa anunciada...
Sonhos, anseios, promessas, fantasias
de uma vida serena e demorada.
Tudo se foi em louca revoada
na voragem triste destes dias
na certeza que é ida sem regresso.
Como posso então ficar calada
ao descobrir o fosso onde te enfias?
Canto à vida a minha dor em verso!
Maria Helena Amaro
Inédito, fevereiro 2009.
http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2012/11/dor-nas-tuas-maos.html
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