DOS PERIGOS DA VONTADE DE SENTIR

A Karla (chamando assim) não tem poemas banais.
Costumo fazer um exercício (não falo muito nisto para não me chamarem louco - bem, que chamem, que eu não desdigo) que é ler o poema do fim para o princípio pelos seus grupos de palavras separadas pelo espaço e este poema é composto de muitos outros que têm quase vida própria, todos os 7 num só, cingidos a um tema, se de facto houver um só tema.

A poesia da Karla tem uma vastidão densa de caminhos que me agrada, mas por vezes são chagas abertas e não tiro prazer no sofrimento de outrem, não tenho essa habilidade, apenas gosto de boa poesia. Mas também tem um lado luminoso que irradia nas suas palavras. Por tudo isto no poema, é obra. Por isso estou à vontade para a chamar de poeta. Sinto que faltava este comentário a muitos poemas que lhe leio mas há lá tempo para comentar que a vida anda louca.

Bjs
Carlos TL

Teus poemas são viscerais, extremados. É poesia de verdade maior. Porque escrever poesia é algo do qual não se escapa ileso. Portanto, eu te vejo: uma mulher com a sua dor de ser poeta.

Bjs.

Boa noite, amiga poetisa! Belo poema de introspecção!
Destaco:

Já guardei os meus pecados,
já dei corda no relógio e
botei a vida para andar.

Não me divido mais
quando sinto o perigo
embaixo do meu umbigo.

Adorei! Parabéns! Bjos!