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Janela vazia

 
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Olhais por aquela janela vazia,
numa solidão de olhar gritante.
Terras que passais sem alma
Terras sem nome que sois cercadas,
pela noite que sobre vós se abate.

Dais-vos conta que o templo flui
ritmadamente numa ligeireza
onde os pormenores se perdem
e que julgais ver, mas que não vedes!

Estais sozinho!
Estais perdido no vosso rumo
Viajando no comboio da vida
Meditando-a!

Fazeis analogias do que sentistes
Dos momentos que vivestes
Da dor já sofrida
Da alegria sorrida!

Tantos pormenores,
sobre os quais buscais resposta!
Tanto detalhes ofuscados na vossa mente …
Uma visão cega e limitada!

Foge-vos a vida entre os dedos …
Olhais para ver o que não vedes
Mas vedes o que não se vê!

João Salvador – 17/10/2012

Imagem: http://4.bp.blogspot.com/-W6HiTooEsW4 ... U8KfRAY/s320/comboios.jpg


João Salvador

 
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Salvador
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Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 08/11/2012 22:10  Atualizado: 08/11/2012 22:10
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: Janela vazia
Boa noite João, uma mente inquieta, começa a fazer julgamento discordante, entre o que julga ter visto, e o que de fato lhe fora exibido como imagem a ser captada, Parabéns pelo seu instigante poema, um grande abraço, MJ.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/11/2012 00:20  Atualizado: 09/11/2012 00:21
 Re: Janela vazia
Uma "janela vazia" bem cantada, retratando assim o poeta por outros mares, em voos, por outras terras nos seus pesares solitários, melancólicos, saudosistas e confins...
Belo poema para deambular das mais diversas formas poeta.
Grata pela partilha.
Abraços
Maria