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,e agora que ambos estamos na mesma página
pergunto-te, sem querer saber,
porque descansaste por aqui?
Jamais saberemos destas convulsões que nos apoquentam,
da estrada que começa sem curvas visíveis,
do amar que escurece o dia, ou da visão
que se quer horizonte,
jamais entenderemos a vida que se nos escapa,
por essas escarpas penosas, agrestes,
ou pelos vales que o vento despenteia.
jamais.
o descanso quer-se quase repouso,
que seja o dos heróis,
dar-te-ia de beber, mas... compreendes ser difícil,
ofereço-te um pouco desta folha alva, sem brilho ou reflexo,
e que, por este instante agora e só, te possas repousar.
e já ali as orquídeas brancas timidamente nascem calando o salso mar encrespado.
"Forfante de incha e de maninconia,
gualdido parafusa testaçudo.
Mas trefo e sengo nos vindima tudo
focinho rechaçando e galasia.
Anadiómena Afrodite? Não:"
("Afrodite? Não" Jorge de Sena)