Eu sou a vaca que ri

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Vaca profana, põe teus cornos, pra fora e acima da manada.

Salve,

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Vaca que ri, só conheço a do queijo. Estou a ser irónico.
Nunca tinha apreciado um poema desta natureza.
Sinceramente que gostei.
Parabéns.

Gostei desta vaca ri, olé se gostei. Mas não gostei mesmo nada de uma coisa, não gostei não: de ela enxotar as moscas com o rabo e em simultâneo tapar a boca. Então, isso não nada higiénico, Roque Silveira!

Hehehehehe...
Há que levar a vida a rir, não achas?
Abraço
PazPoesia

é muito divagar para ruminantes
que saboreando sem pressa o pasto
com expressão tão alheia e vacante
parecem vagar pelo cosmos vasto


divaguei :p

Ai, ai! palavra que m'alembrava que tinha saudades deste queijo! Ponham os olhos nisto, senhores! E ruminem... er, er, perdão, escrevam, senhores, escrevam! Pra desopilar, pra "instigar", pra desafiar, pra maravilhar, pra divagar, pra criticar, olhem!... pra atrair moscas! Escrevam e deixem escrever, porque quem tem cornos também leva marradas e quem anda à chuva também tem direito a um lugar ao sol e vaca que ri sujeita-se a mostrar os dentes. Escrevam, se vos faz bem! E se ao vizinho só der dor de barriga, paciência, a merda é coisa natural, biodegradável, cheira um tempinho mal e passa logo (mas é coisa a não reter, digo eu, que evacuar faz bem à nossa saudinha e isso merece respeito - mútuo!).
Escrevam e deixem as vaquinhas rirem (ou chorarem coitadinhas). E dar uns coicezinhos, porque não?, dar coices também é um direito que lhes assiste. Quem não se sentir bem no prado, que vá comer queijo para outro lado. Por mim, acho que há lugares para todos, fiquem, que eu, devagar, vou ruminando poemas sem me importar com coisas biodegradáveis ou menos agradáveis que possam deixar na minha erva. A gente só sabe aprendendo, e ninguém aprende se já sabe (ou pensa que sabe) tudo. Por outro lado, se não gosto... não piso, passo de largo - mesmo que vá cheirar, que não é por cheirar que o gato vai às filhós (digo, comentários). Já sei o que a casa gasta e se não tenho flores, também não pulverizo ambientadores, não vá a vaca torcer o rabo e ainda achar que é DDT pra matar abelhinhas de estimação.
Ai, ai, outra vez! Fiquem, respeitem a erva que pisam e sorriam! Um queijinho ou outro mal fermentado nunca fez mal a ninguém, digo eu, que não sei de tudo, porque como muito queijo e esqueço-me. Esqueçam também e sejam felizes!

(São, esta vaca é um Primor!! - passe a publicidade à concorrência...)

Beijinho.

Arcanos, arcanjos, anjos caídos, trabalho do sagrado
(posso) inquietar-me num jeito bom de admiração?!
devagar, devagar, devagar...
vendo pálida passar a poesia. beijo Roque

"E assobio aos pardais para que me leiam"
Porquê não uma vaca que rí e assobia?
E aos passantes: dê leite, deleite.
E os deixe devagar, divagar, divagar...
Lembrou-me, um conselho à minha sobrinha.
Para redigir um texto ao vestibular para pedagogia.
Disse-lhe: caso o título for "A Fazenda",
lembre-se que os demais escreverão sobre os animais, a porteira, o celeiro.
Seja então mais criativa que os demais.
Tenha em sua fazenda uma vaca que voa.
Que procura outras pastagens, mas sempre retorna.
Uma vaca que voa e tem a ânsia de conhecer as estrelas.
Olhando pelo alto a cerca que a rodeia.
Assim, uma vaca que rí e outra que voa foram um par "sui generis".
No neologísmo de Mia Couto: "Estórias Abensonhadas" (hoje em São Paulo)
Quando diz: Sou Angolano por quê as árvores da minha terra me reconhecem.
E aos pardais, deixe que leiam, devagar, divagar, divagar...
Agradeço por um sorriso ao ler-te,

Todo o teu poema é um recado dado com graça a todos os que contigo se vão cruzando neste campo imenso onde por vezes o pasto incomoda os mais invejosos que nunca estão descansados no seu canto. O prado já foi mais verdinho, é certo, mas mesmo assim chega para todos, dependendo da fome de cada um, claro.

Há que rir para não chorar...

Lindo.Bjs. camarada poetisa.

Pensei que fosse a vaca que voava.

Saudações póeticas