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Perto dos pássaros mortos
e gatos mortos.
Antes gatos,
antes pássaros -
só os sei mortos,
pela ausência de viço,
asas
e ossos generosos
expostos em palhoça
ao leito verde de
um cemitério ao ar livre.
Sempre que posso
e sinto,
estendo as mãos à carcaça
em despedida;
dispo fluídos
por minha calunga carma.
Peço calma aos viventes,
pois num dia menos urgente
insurgirá
a ausência de viço
de asas...
até aos que nunca voaram.
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