Poemas : 

Esperança encoberta

 
Noite de breu!

Ao longe, no Estoril, o mar ausente ...
... frio ... tanto frio! ...

Aqui, junto a mim, algumas esperanças
que me aquecem as entranhas
esfumadas-de-solidão ...

Uma esperança ainda ... que regresses!

Ela vive junto a D. Sebastião,
que prometeu voltar e qu'inda hoje, por aí,
é em parte incerta ...

Mas se vens ou não, não sei,
só sei que te não tenho...

E onde estás? Estarás ainda?
Talvez além-desta-neblina
que me escorre e eleva os sentidos,
onde me escutas mas d'onde não me ouves.

Que braços te apertam hoje contra o peito
que não os meus?!!

Meu regaço está vazio ...


Ricardo Louro
no Estoril


Ricardo Maria Louro

 
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Ricky
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Enviado por Tópico
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Publicado: 04/11/2012 22:00  Atualizado: 04/11/2012 22:00
 Re: Esperança encoberta
E o Dom Sebastião por onde andará? Talvez o seu corpo seja a própria névoa que se rola em pranto nas calçadas de Lisboa! O teu poema ficou impecável, tanto mais que tem o Estoril como fundo....rss. Parabéns, Ricardo.