Brutus, não chores,
Se as Moiras te mostrarem
Um futuro Tenebroso,
Se toda a tua coragem e esforços
Para domar a cobardia
Saírem gorados.
O Povo gosta de tiranos,
Já o devias saber.
Tão pouco lamentes
O dia em que imperadores
Efeminados conspurquem o nome
De Roma ou então, horror dos horrores,
Se intitulem de Rex.
Já está tudo escrito e tudo pensado
E das falas ordinárias dos bairros de má-fama
Sairão ainda obras belas como as que
Aprendeste dos teus perceptores.
Do mais duro dos corações
Podem ainda sair Eneidas em gestos,
Nada acabará, Brutus, apenas aparente
Na mudança se desenha o apocalipse.
Não te fies.
Ainda antes, acaso não te tivesse tomado
A ansiedade, que te volvesses num poço de necessidades,
Haveriam de te lembrar e engrandecer.
Não te fies Brutus, não te fies….