Visto-me ao avesso da lógica,
Vista de quem nada contra a maré,
Dos mares de lama do poder.
Sento-me de costas para hipocrisia,
E me nego ao estímulo da propaganda,
Que pulveriza maldade sobre a crença,
Dos pobres espíritos obedientes e servis.
Sigo sentido contrário à massa em manobra,
Cuspindo meus marimbondos em vômitos,
Tentando sujar as batutas do domínio vil,
A serviço da tirania gananciosa do mando,
Sob o comando conquistado em assaltos,
Que a história esfrega em nossos narizes.
Fracos e pobres são os que seguem a corrente,
Mesmo cientes do abismo que os espera no amanhã,
Que não relutam, dançando sempre a mesma música,
Orquestrada pelos interesses da minoria sórdida,
Nessa desinformação besta que dispersa a maioria,
Obcecada pelos medos que cegam a evidência matemática.
Sou do contra sim,
Sempre a favor da lógica,
Das correntes advindas do justo,
Conclusão da semelhança humana,
E deturpada pela tirania dos mais fortes.
EACOELHO