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ah...
quantas são as vontades em que se apocalipsa o sujeito,
perdido, reencontrado,
porque elipses pela madrugada mantém a dúvida constante,
forram-se as paredes, antes alvas, antes lisas, antes desnecessárias,
e
sufocam árvores à beira da estrada.
ela
sorri, enquanto a roupa continua dispersa pelo chão,
atemporal, desinteressada,
ele
reconstrói sonhos antecipadamente escolhidos,
sem pormenores, desapaixonados, desapegados.
Quantos mais predicados serão precisos?
ah...
resistem maresias símiles fragrâncias no caos que se revisita,
suprimidas, escondidas.
e,
eu
sento-me, neste precipício que me afugenta do caos.
vai e caminha...
"Forfante de incha e de maninconia,
gualdido parafusa testaçudo.
Mas trefo e sengo nos vindima tudo
focinho rechaçando e galasia.
Anadiómena Afrodite? Não:"
("Afrodite? Não" Jorge de Sena)
a palavra "apocalipsa" é propositada
Textos de Francisco Duarte