cristadelfianos

pelo título talvez esperasse que o corpo estivesse totalmente imerso em água, ou pela rejeição/aceitação do prometido, como uma visão una, mas os braços entre a vida e a morte, sem lutarem, sem puxarem pelo corpo “aqui”, moribundos, vão mais longe que a não existência, ou o sono da alma. Afinal a vida e a morte abraçam todo o corpo, inevitavelmente, e o corpo, esse, quer-se “aqui” (por enquanto)

Agradeço-te.

deixei o corpo ficar entre o permanecer e o amanhã sem prazo. muito tempo é tempo demais e os braços começaram a doer-me, encolhidos. acho que os hojes são estados de larva e sabia bem acreditar que um dia os meus braços se despegariam do aqui - corpo, e voariam, num risco de asa, ainda que em desafio perdido com a vida. da morte, nem sei dizer, por enquanto deixam-me o tempo ficar - aqui, no corpo. ficar é diverso do permanecer. vou ficando, um dia quero voar para o permanecer.

Beijinho, José Luís, digas muito ou digas pouco, dizes tudo - sendo tudo, um fio que me dás a desenrolar, sem fim nem princípio, só a sensação às vezes seda, às vezes áspera, a escorrer-me nas mãos...

Teresa

Este meu caro instiga profundamente... queria ter escrito.
Mas essa não é a primeira vez que isso acontece comigo em tua escrita.
Valha-me Deus! É como se o gesto fosse sem a mão. Sublime e contundente.
Fica a admiração. bjs