Oh arrebata-me dessa espera
Deixa minha história pertencer
ao teu passado, resgata-me o
tal pranto derramado
Em algum lugar deve haver
razão e aconchego...
Leve-me para lá!
Aqui sem ti, só o vazio há
Ninguém cura alguém
Não há amor que se cure
Não há dor que perdure
mais que a morte
Nos sais, meus ais
doem mais...
Chumbo e vinagre às costas
A dor nos cafezais
Na ribanceira uma historia acabada
No campo, as flores silvestres
No desgosto, um pranto só
O de sempre, a ressaca do mar
A voz que morre na garganta
Lampiões de gás
Para noites escuras
sem luas e canções
Para você que nunca esteve lá
O sol, as manhãs de ventos alegres
irão comentar a saudade irracional
que tem de tudo o que sonharam
Nós hoje somos apenas um aroma
Brisa leve tão suave que me acompanha
Faz-me viva e capaz de recomeçar
Faz a todos melhores, embora o pesar
Escutar o silêncio é tão bom...(Estela)