Nuvens perpassam pelas torres mortas
a selva de concreto transborda miasmas
um qualquer cristo repousa o rosto nos pregos
da coroa dadivosa.
Caminho a esmo,nada a procura;
Não sei quem sou.
O abrigo d'alma em gélida agonia;
pequenas formas de vida sob meus pés
mergulham no espelho sujo da rua.
São tantas luzes cortando as estrelas,
estamos todos encerrados nos quartos
como em túmulos coletivos.
Ou no asfalto da igual imundície
Contidos diante d´uma mesa
sonhamos quando acordados,despertamos mortos.