Poemas : 

,sim, tateio

 
*





E nesse eu que outro me habita,
descreve as travessias, na areia, no cérebro,

desfoca vielas escurecidas pelo pó, sufocantes
imemoriais regressos,
lírios que murcham, procuras por uma palavra,
despida,
liberta.

Necessária.

Cansaço louco instigado por sinos de cobre
escondidos pelo eco de vales insonoros,
vagueiam os hábitos sem destino, encruzilhados,

sim, tateio

o sonho que me desabita,
desconsola.

Desnecessário.



"Forfante de incha e de maninconia,
gualdido parafusa testaçudo.
Mas trefo e sengo nos vindima tudo
focinho rechaçando e galasia.
Anadiómena Afrodite? Não:"

("Afrodite? Não" Jorge de Sena)






Textos de Francisco Duarte
 
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F.Duarte
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/10/2012 10:50  Atualizado: 27/10/2012 10:50
 Re: ,sim, tateio
Meus olhos libertos, tateiam encantados em tuas palavras!
Amei demais...


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/10/2012 20:06  Atualizado: 27/10/2012 20:06
 Re: ,sim, tateio
Um poema que agradou o meu âmago.

Parabéns, poeta

Maria Valadas