Por mais que vejo as árvores
A ficarem amarelas com o tempo,
Fico sempre a pensar nas gotas
Que no vidro, retidas as fazem brilhar.
O que faz brilhar para que em nós nos faz sentir?
Ações? Pessoas? Objetos?
A realidade se manifesta por constantes subjetivas
Que dificultam a percepção do momento sobre a imagem
Mas cria a questão do porque das gotas.
O porquê daquelas retenções de luz
Naqueles pontos de entendimento.
O mistério está no facto
Que a mente se divaguei-a
Com o abstrato, que em nós nos faz criar,
Sobre a teia do transe do vazio.
Afinal não é o vazio,
O todo em folha branca?
São nesses entendimentos
Damos asas às palavras
E rumos nos abstratos das nossas realidades.
Ah! Como é bom a chuva em outubro
Nesses períodos de navegação para o vazio.
P de BATISTA