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Sossega-se.
Atroz rebeldia anárquica
com que se satisfaz o ocaso
sem sossego...
dos pedaços soltos tão errantes como cometas
esgotam-se venenos iras
e o cavalo louco acicatado... liberta-se
no final das escarpas.
Desassossega-se.
Ao acaso brilham cumes enevoados,
perturbadores momentos, sem tino,
das cores, vibram anémonas,
caravelas escondidas, dispersas
pelo despertar do pesadelo,
e as vozes, repetem desejos,
que a linguagem, antes, limitou,
(imitou).
Esgotam-se despertares, e que o tempo seja a Medusa decapitada, em pedra.
"Forfante de incha e de maninconia,
gualdido parafusa testaçudo.
Mas trefo e sengo nos vindima tudo
focinho rechaçando e galasia.
Anadiómena Afrodite? Não:"
("Afrodite? Não" Jorge de Sena)
Textos de Francisco Duarte