Tuas mãos, de fina arte, talhando cada poesia,
Ou escultura divina fremiam dúcteis noite e dia
Ao compasso de tua genialidade e rara ciência,
Mostrando-nos a todos tua mais vera aparência.
Tuas mãos tinham o dom de criar do nada tudo,
E era através de tua arte que remetias o escudo
Da ignorância, para o mais longe, a ti permitido,
Nunca esquecendo o que aos outros era devido.
Mas, mais que uma gran artista, eras ser bonito,
Que, para todos, tinha uma palavra de consolo,
E não se desassociando nunca do mais restrito.
Partiste, enfim, para nosso pesar, ficou o legado,
A lembrança, que sem qualquer mácula, ou dolo,
A todos deixa a recordação de um ser irmanado.
Jorge Humberto
28/11/07