Poemas : 

Exercício Poético (O Cemitério)

 
Nobre corpo que rasteja
Por entre espinhos e lama
Num pranto sem consolo
Que se esculpe e goteja
Na voz de quem chama

Sente cada passo sentido
Perdido de muros cegos
De pedras altas de jardim
Marcadas no mundo vencido
Mãos caídas, sem pregos

Revolta-se a terra humedecida
Pelo mel rubro que morre lento
Em silêncio, canta-se o fado
Evapora a carne enfraquecida
Ao pó o que for pó, um lamento


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/08/2015 13:24  Atualizado: 09/08/2015 13:24
 Re: Exercício Poético (O Cemitério)
Passos sentidos que vai em uma direção, onde se faz os sentido acoplados a uma intensa dor


Enviado por Tópico
Paulo-Galvão
Publicado: 10/08/2015 16:13  Atualizado: 10/08/2015 16:13
Usuário desde: 12/12/2011
Localidade: Lagos
Mensagens: 1440
 Re: Exercício Poético (O Cemitério)
Gostei deste texto de gosto algo gótico e rimas interpoladas de forma ímpar e original. Parabéns


Enviado por Tópico
MariaSousa
Publicado: 10/08/2015 17:10  Atualizado: 10/08/2015 17:10
Membro de honra
Usuário desde: 03/03/2007
Localidade: Lisboa
Mensagens: 4047
 Re: Exercício Poético (O Cemitério)
Fiquei na dúvida se este cemitério era para mortos ou vivos...

Bem escrito, como sempre.

Beijinhos