Esta
é a caverna
dos meus dias.
Uma longa,
profunda
e interminável
caverna.
Uma caverna
metafísica,
que só existe
na minha mente.
Estes
são os meus fantasmas,
gravados
nas paredes.
Maio
é o mês
das cigarras.
Estes
são os antigos
ventos
de maio.
A minha cabeça
está presa
a delícias suaves.
O vento frio
da Eternidade
percorre
os meus ossos.
O divino arrepio
da Eternidade.
A Lua me envia
os seus luminosos raios
desfalecidos.
Eu sou
o Amante da Terra.
Eu alimento
o Sol.
As minhas mãos
estendem-se
abertas
para o Infinito,
tentando colher
estrelas
e arrojar
o seu mundo
sensível
para muito além
da dissipação.
Este
é o único testemunho
que posso dar
desta Loucura cintilante
que faz brilhar
os meus olhos
alucinados:
São
os faróis do mundo,
os sinais
da Inteligência.