Frio
Deveras morto por dentro
Deveras o estado cansado e somente
Seu último desejo de não olhar por mais gente
Maldita falta de ar lhe sufocando os pulmões
A ira
Hospedeira mortal. Amante passional
Odiáveis olhos semi-cerrados em combustão, de alma opaca
A mirar, incessante
Corpos translúcidos de carne humana em promoção
Também é humano...
E todavia
Não espera nem um pingo de atenção.
Chamas
Fogo vivo e escaldante
Correndo por escalas oitavadas
Em um Bend, Faz o arco magistral
Do final final tão esperado; Sua alma num harmônico
Até vidro estourar. Delírio, tão querido !
Seus acordes sustenidos com seus dedos a sangrar
Está afinado o diafragma
Bem no meio do peito, o seu berro silencioso
Inflamado, gasolina, combustão .
Bate a porta
Fecha a cara
Quebra os dedos
Perde o medo
Faz o medo
É o medo...
Que passou !