Poemas : 

PAPEL DE BALA

 
QUANDO ANDEI NO DESERTO
VI AVES E PEIXES
PEGUEI PIPAS PERDIDAS
JUNTEI ÁGUA EM CONCHA COM AS MÃOS
IMAGINEI BEIJAR TEUS LÁBIOS
BEBI DE TUA SALIVA

QUANDO DORMI ENTRE ABORIGENES
ME AQUECI EM TORNO DA FOGUEIRA
TRASNGREDI ALGUMAS LEIS
ABRACEI CANGURUS
DEI UM BEIJO NA LUA
VESTI MEU PIJAMA

ME AQUECI NA CHUVA
NUM DIA DE NOITE
JULGUEI TEUS NOMES
TIREI APENAS UM BRINCO
ANDEI NUA EM BRASAS FRIAS
ESQUECI DE TE ESQUECER


AO DECLARAR MINHA PAZ
FUGI DE TI...
ENCONTREI A MIM MESMA
ARREPENDI!
INAUGUREI UM NOVO MOMENTO
SEPAREI O JOIO DO TRIGO

BEBI, FUMEI, ME ESTRAGUEI
É O TEMPO...
RECORDAR DOS AMORES, É PRA AGORA
FUI, VOLTEI
FIQUEI COM ALGUÉM
SEI QUE ELE NÃO ME ESQUECEU






Escutar o silêncio é tão bom...(Estela)

 
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Estela
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Enviado por Tópico
PierredaGama
Publicado: 22/10/2012 15:46  Atualizado: 22/10/2012 15:46
Da casa!
Usuário desde: 29/07/2012
Localidade: Itatiba - SP - Brasil
Mensagens: 214
 Re: PAPEL DE BALA
“O homem não encontra a mais bela estrela nas profundezas do Universo, mas dentro do coração de uma mulher.” (Pierre da Gama)

www.pierredagama.blogspot.com
UM BLOG QUE DESVENDA A ALMA HUMANA


Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 22/10/2012 15:48  Atualizado: 22/10/2012 15:48
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
 Re: PAPEL DE BALA
Boa tarde,poetisa!
Poema instigante!
Gostei da leitura!
Parabéns!
Bjos!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 22/10/2012 16:26  Atualizado: 22/10/2012 16:26
 Re: PAPEL DE BALA
ao meu olhar, no âmago do poema consta uma doce historia de vida, e que de estrofe em estrofe veio aqui revelou-se, desvestiu-se pele por pele de lembranças várias, trajetórias, conquistas, amores... doçuras desembrulhadas do papel de...
bj e meu abraço caRIOca.
zésilveiradobrasil


Enviado por Tópico
Caio
Publicado: 22/10/2012 20:14  Atualizado: 22/10/2012 20:14
Membro de honra
Usuário desde: 28/09/2011
Localidade: Olinda, Pernambuco
Mensagens: 898
 Re: PAPEL DE BALA
até a parte dos cangurus, eu estava gostando do poema,
mas depois tornou-se uma coisa sentimental-clichê,
intimista demais. o tema vai se desenrolando
como num sonho, algo surreal, mas perdeu-se.

os pseudo-paradoxos

(me aqueci na chuva, um dia de noite, brasas frias)

são literalmente fracos. dão até um ar cômico
a um poema que se tenta levar para o emocional.

no fim das contas, é um poema muito perdido
mas que tinha potencial pro surrealismo,
pelo menos até a parte do pijama.