Miro o Tejo contemplativo Olhares curiosos Penetram os seus mistérios Indagam sobre suas águas Cujas histórias nele guarda
Tejo que banhas Lisboa Devassada pelo desmazelo das gentes Nem assim abandonas os homens Alimenta-los de vida Indiferente à sua incúria
Barcos rasgam teu ser Lambendo-te os cascos frios Que te ferem a alma em chicotadas agrestes Maus Tratos diários, insensíveis a teus desígnios destroem a tua beleza.
És acalentado pelo amor Pelo romantismo de jovens casais Que se acariciam e se amam junto a ti! Alimentas-te desse amor que extravasa
Ó Tejo! Tanto de ti que revejo em mim! A profundeza de teus mistérios Que guardas nas tuas águas E eu nos recantos da minha alma!
Olá Vanda O Tejo é sempre inspirador. Pena é que não o possa contemplar sempre que me aprouver para me inspirar. Gostaria de poder mirá-lo, senti-lo, adorá-lo com mais frequência ... é em si um manto de inspiração para os poetas e para as gentes que diariamente com ele privam. Obrigado pelo comentário.