Atravessa a rua o fúnebre cortejo,
Sinistra primavera, festejando a dor,
Carregando choros, e rostos cansados.
Quem é essa figura que agora levam?
De que morreu afinal aquele homem?
Morreu de viver, e de fazer de conta.
Pois o que fez, o que sonhava,
Não importa para o povo.
Resta agora: flores secas,
E só mais um túmulo novo.
Marília, 15 de julho de 2005.