Poemas : 

,todos pensamentos obnóxios

 


Pensamentos abnóxios pululam,
sem conteúdo, sem visões das
vielas sombrias entardecidas,
adormecidas de adamastores.
Refletem-se alguns desgostos longínquos,
algures,
que o tempo enterrou por entre gerânios,
restou o perfume.

Encruzilhada, terra sem caminho,
afrodísia incapaz de gerar,
revestida de penhascos que ferem a alma,
para sempre.

Pensamento infértil, infame,
inflamado nas vãs distâncias,

que se quedaram quais cascatas um dia cuspidas,
que brotem nenúfares.

Escafeder-me-ei como se de uma cenreira se tratasse,
acordar-me-ei desta vã apatia,

por estes todos pensamentos obnóxios
que tantas as vezes me cercam.

Que restem sons em silêncio..


"Forfante de incha e de maninconia,
gualdido parafusa testaçudo.
Mas trefo e sengo nos vindima tudo
focinho rechaçando e galasia.
Anadiómena Afrodite? Não:"

("Afrodite? Não" Jorge de Sena)









Textos de Francisco Duarte
 
Autor
F.Duarte
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1024
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
10 pontos
2
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/10/2012 13:51  Atualizado: 19/10/2012 13:51
 Re: ,todos pensamentos obnóxios
*Forte e desnudo...conheço essa escrita, pois ao ler-te,
a derme da minha alma arrepiou-se!
Um abraço
Karinna*